Angie Zapata: in memoriam
Texto de Eduarda Santos para PortugalGay.pt
A 17 de Julho de 2008, Allen Andrade de 32 anos, atacou e matou Angie Zapata, de 18 anos, no seu apartamento em Greeley, EUA, recorrendo a um extintor portátil com o qual a atingiu na cabeça várias vezes, provocando-lhe a morte, quando descobriu que Angie era uma mulher transexual, portanto não biológica.
Na quarta-feira passada iniciou-se o julgamento, com a selecção dos jurados de entre mais de 300 pessoas. Este julgamento focalizou as atenções sobre os crimes de ódio e sobre a legislação referente a estes casos, de toda a comunidade LGBTT americana, pois é o primeiro julgamento considerado como crime de ódio.
Durante o julgamento muita coisa veio a lume. Que o irmão de Angie sempre a chamava de "Justin". Que Angie e Allen conheceram-se pela net no MocoSpace. Que Allen, depois de assassinar Angie, fugiu no carro da irmã dela, que lho tinha emprestado.
A defesa tentou inculpar Angie, usando o já muito batido argumento de que a decepção por Angie ser de facto um "homem" levou Allen a ter este acto de cabeça perdida. No entanto, e depois de os jurados terem ouvido gravações em que Allen afirmava que “Gay things need to die” (coisas ou cenas gay devem morrer) e também o facto de nessas gravações se referir a Angie não como ela ou ele, mas como "it" (aquilo, aquela coisa), convenceu os jurados de que efectivamente se tratou de um crime de ódio.
E no mesmo dia em que se comemorava mundialmente o Dia da Terra, os jurados foram deliberar (muito rapidamente) e consideraram Allen Andrade culpado de homicídio em primeiro grau. Segundo as leis americanas vigentes neste estado, para este tipo de crime a condenação é de prisão perpétua. Só falta o juiz ditar a sentença.
Neste caso, e ao contrário do que aconteceu aqui em Portugal com o caso Gisberta, foi feita justiça.
A 17 de Julho de 2008, Allen Andrade de 32 anos, atacou e matou Angie Zapata, de 18 anos, no seu apartamento em Greeley, EUA, recorrendo a um extintor portátil com o qual a atingiu na cabeça várias vezes, provocando-lhe a morte, quando descobriu que Angie era uma mulher transexual, portanto não biológica.
Na quarta-feira passada iniciou-se o julgamento, com a selecção dos jurados de entre mais de 300 pessoas. Este julgamento focalizou as atenções sobre os crimes de ódio e sobre a legislação referente a estes casos, de toda a comunidade LGBTT americana, pois é o primeiro julgamento considerado como crime de ódio.
Durante o julgamento muita coisa veio a lume. Que o irmão de Angie sempre a chamava de "Justin". Que Angie e Allen conheceram-se pela net no MocoSpace. Que Allen, depois de assassinar Angie, fugiu no carro da irmã dela, que lho tinha emprestado.
A defesa tentou inculpar Angie, usando o já muito batido argumento de que a decepção por Angie ser de facto um "homem" levou Allen a ter este acto de cabeça perdida. No entanto, e depois de os jurados terem ouvido gravações em que Allen afirmava que “Gay things need to die” (coisas ou cenas gay devem morrer) e também o facto de nessas gravações se referir a Angie não como ela ou ele, mas como "it" (aquilo, aquela coisa), convenceu os jurados de que efectivamente se tratou de um crime de ódio.
E no mesmo dia em que se comemorava mundialmente o Dia da Terra, os jurados foram deliberar (muito rapidamente) e consideraram Allen Andrade culpado de homicídio em primeiro grau. Segundo as leis americanas vigentes neste estado, para este tipo de crime a condenação é de prisão perpétua. Só falta o juiz ditar a sentença.
Neste caso, e ao contrário do que aconteceu aqui em Portugal com o caso Gisberta, foi feita justiça.
3 Comments:
lembrando também gwen araujo vejo uma triste coincidencia de apelidos de origem portuguesa...
lembrando também gisberta.. em portugal penso que será altura de uma real educação para a diversidade... com o 25 de abril á vista....
às vezes nao sei em k merda de mundo vivo...
às vezes tenho vergonha de ser um ser humano
as vezes tenho vergonha desta raça
as vezes kero ser um peixe
bju
É sempre muito estranho ver casos destes acontecerem. Torna-se complicado, por vezes, provar o que realmente aconteceu, e ainda bem que desta vez houve provas que justificaram que assim foi, um crime de ódio.
Que a justiça seja sempre feita quando assim deve ser.
Infelizmente, no nosso país isso ainda não acontece. Enfim...
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