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Sou uma mulher transexual de Lisboa, Portugal, onde nasci e cresci. Neste espaço poderá encontrar pensamentos, reflexões e comentários inerentes à minha vida como mulher trans. Seja benvind@ ao meu cantinho.

terça-feira, agosto 29, 2006

Vampira, eu?...


Desde muito nova que me senti atraída por pessoas e personagens diferentes. Talvez porque eu própria já sentisse a minha diferença nessa altura. Curiosamente, as minhas personagens favoritas eram sempre do meu sexo psico-sexual, ou seja, femininas.
Quando pequenita queria ser a Wonder Woman (Mulher Maravilha, e série que passou nos nossos ecrãs). Mais tarde, e como fã dos Comics da Marvel, apaixonei-me pelos X-Men e a minha favorita, e quem eu desejava ser era a princesa africana de longos cabelos brancos, Ororo, ou seja Storm (Tempestade).
Sempre quis ter super poderes, não só para modificar em mim aquilo que eu achava estar errado, mas para lutar contra quem me maltratava, humilhava, batia. Sofri muito ao longo dos anos e a Lua Cheia era sempre um sinal de magia para mim. Aí surgiram as histórias das supostas criaturas das trevas, os vampiros, que eu sempre achei o máximo.
Li a "Entrevista com o Vampiro" de Anne Rice, e adorei. Erótico, místico, esótérico, mas muito humano, principalmente Louis, na sua ingenuidade e no seu desgosto pela perda de quem amava.
Entretanto, pouco tempo antes, acompanhei a novela "Vamp" com Cláudia Ohana no fabuloso papel da vampira boazinha e, espante-se, roqueira, que tentava proteger os humanos contra Vlad e as outras criaturas vampirescas. Confesso que foi a primeira que vi do princípio ao fim, só repetindo o feito com "As Filhas da Mãe", que já aqui referi.
Mais uma vez desejei ser Natasha, a vampira linda, cantora, e, acima de tudo, humana. E como homenagem a mais uma grande novela da Globo, aqui deixo a fabulosa versão de "Sympathy for the Devil" dos Rolling Stones, que Natasha canta como cena final de "Vamp".

Mil beijinhos vampirescos (ou seja, no pescoço), da Lara.