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Sou uma mulher transexual de Lisboa, Portugal, onde nasci e cresci. Neste espaço poderá encontrar pensamentos, reflexões e comentários inerentes à minha vida como mulher trans. Seja benvind@ ao meu cantinho.

quinta-feira, novembro 22, 2007

PANTERAS ROSA APOIAM CERVEJA TAGUS


O movimento Panteras Rosa apoia a campanha da cerveja TAGUS para a juventude hetero, lançada hoje em http://www.orgulhohetero.com/ .
Aqui lançamos uma campanha paralela de complemento à mesma, com um apelo à imaginação.

Para usar e difundir!

Criem novos temas, publicaremos on-line os que nos forem enviados:

panteras.lisboa@gmail.com



DESENVOLVIMENTO EM

http://www.orgulhohetero.org/

http://www.orgulhohetero.net/



ORGULHO LÉSBICO, GAY, BI, TRANS, QUEER
Orgulho de Quê?


Nós, lésbicas, gays, bisexuais, transgéneros (LGBT) e outr@s rebeldes sexuais, temos orgulho de enfrentar as consequências de não escondermos a nossa identidade sexual ou de género. Temos orgulho de termos sobrevivido à nossa orientação sexual ou identidade de género fora da norma numa sociedade que nos condena ao silêncio e à vergonha (muit@s não sobreviveram). Nas nossas marchas, celebramos o orgulho de quem recusa a carga moral de culpabilidade que nos é imposta, quando seria tão fácil continuarmos a esconder os nossos desejos e apenas fingirmos “ser normais”.


Não estamos orgulhosos da nossa orientação sexual, deixamos isso – e quaisquer definições de “normalidade” – para heterossexuais homófobos. Temos orgulho, sim, de escolhermos vivê-la, mesmo quando isso faz de nós alvos de discriminação e violência. Temos orgulho por oposição à vergonha. Temos orgulho nas lutas de longo prazo que tant@s travaram e travam contra a criminalização ou medicalização das nossas identidades e pela construção árdua dos nossos movimentos sociais.


Temos orgulho na força, no esforço, nos sacrifícios que tantas pessoas LGBT assumiram ao longo da História para sair do armário e exigir dignidade. Temos orgulho na imensa variedade das nossas expressões e formas de expressão. O orgulho LGBT é necessário como o “black is beautiful” foi necessário nos anos 60 norte-americanos: como então, muit@s de nós continuamos a sentir culpa, vergonha e auto-depreciação por aquilo que somos. Sem orgulho, as novas gerações LGBT em tantos países estariam condenadas à mesma existência clandestina que os seus predecessores combateram. No processo da sua auto-descoberta, muitas gerações têm tido, pela primeira vez, a possibilidade de crescerem como LGBT com referências positivas do que isso significa, e com menos referências negativas.


Nenhum outro motivo senão Orgulho motivou as históricas revoltas de Gene Compton’s Cafeteria em 1966 e quase três anos depois a de Stonewall - na origem do actual movimento LGBT -, quando o desejo de dignidade se traduziu em resistência à violência policial. Quando a nossa vida pessoal condiciona os nossos direitos cívicos, deixa de ser “privada” e torna-se “política”. E precisamos de ser visíveis hoje para que amanhã não tenhamos necessidade disso, quando as pessoas deixarem de ser definidas com base na sua identidade sexual ou de género.


“Dar a cara” continua, infelizmente, a ter consequências negativas. Mas é mesmo por isso que é preciso que cada vez mais gente saia do armário ou, pelo menos, se envolva com o associativismo LGBT: para inverter essa situação injusta. Para que um dia “dar a cara” seja tão natural como lavar os dentes e seja tão banal que não acarrete discriminação.




A homofobia é um sistema político na sociedade que temos.
Orgulho e activismo, armas contra a violência homofóbica e transfóbica e a sua promoção!





ORGULHO É PROTESTO!

3 Comments:

Blogger Igor Caldeira said...

Parabéns, excelente post.

novembro 22, 2007 9:32 da manhã  
Blogger Amante de tagus said...

Parabéns pela vossa campanha. É tudo verdade. Brinca-se (nesta publicidade da tagus em especial) com coisas que não são tão ligeiras assim. Por causa disso comecei uma campanha para que não se compre a cerveja tagus. Um abraço solidário.

novembro 22, 2007 11:58 da manhã  
Blogger Klatuu o embuçado said...

Não estou dentro dessa coisa da Campanha da Cerveja Tagus, não sei do que se trata, quase não vejo TV - mas não metam os heteros todos no mesmo rótulo. Mesmo considerando que ainda vivemos numa sociedade machista, a homofobia é comportamento de uma minoria da população heterossexual.

Qualquer pessoa de bem condena casos como o de Gisberta.

fevereiro 08, 2008 1:09 da manhã  

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