Lara's dreaming

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Sou uma mulher transexual de Lisboa, Portugal, onde nasci e cresci. Neste espaço poderá encontrar pensamentos, reflexões e comentários inerentes à minha vida como mulher trans. Seja benvind@ ao meu cantinho.

segunda-feira, setembro 29, 2008

Isis eliminada de America's Next Top Model


Interview with Isis King from America's Next Top Model Cycle 11

Recently we had the opportunity to speak with Isis King from America's Next Top Model. Isis a 22 year old program assistant at a non profit organization, who currently resides in New York competed and was recently eliminated from the show. She is the first transgendered model to be one of the contestants on Americas Next Top Model.

Q. What made you want to be on America's Next Top Model?

A. Isis King, Top Model: I did a photo shoot for last seasons Top Model and Tyra thought I stood out, so she asked me to audition for this season.

Q. How did you get involved in modeling?

A. Isis King, Top Model: I did shows in college and I really love the industry.

Q. What is your favorite part about modeling?

A. Isis King, Top Model: I have confidence in my walk. I believe practice helps with confidence and I also received good tips from Jay during the photo shoots. I was looking forward to doing the runway but wasn’t really given the opportunity being eliminated.

Q. Do you think Tyra thought you were giving up during the competition?

A. Isis King, Top Model: They thought I gave up but it was draining and when you don’t have any family or friend support it makes it hard. You can’t really open up with anyone because they are your competition and you don’t have any privacy.

Q. What about the clothes you wore?

A. Isis King, Top Model: I dress pretty diverse. I thought I tried to be simple, I just mixed it in basic but when Tyra made that comment that I looked like a high school girl I took it both good and bad.

Q. What are you plans now?

A. Isis King, Top Model: I would love to be a celebrity designer. I am going to continue modeling and would like to do runway. I am also pursuing acting.

domingo, setembro 28, 2008

Morreu Paul Newman


Cancro derrota Newman

A notícia chegou sem surpresa: o actor norte-americano Paul Newman morreu na sexta-feira, aos 83 anos, vítima de cancro de pulmão.

Qualquer outro cenário era improvável desde Agosto, quando um dos mais lendários actores de cinema de sempre trocou o hospital pela sua casa, em Westport, no Connecticut (EUA), de modo a passar o tempo que lhe restava com a família. Ao lado teve a mulher, Joanne Woodward – que dirigiu em três filmes e com quem esteve casado meio século –, e as suas cinco filhas. Um filho mais velho, do primeiro casamento, faleceu em 1978 devido a uma overdose acidental.

O adeus de Paul Newman às gerações de fãs que o seguiram durante décadas começou em Maio de 2007, quando anunciou que nunca mais representaria. "Não sou capaz de continuar a trabalhar ao nível que desejaria", disse em entrevista à ABC, dois anos depois de ter recebido um Emmy pela mini-série ‘Empire Falls’. Ainda emprestou a voz à animação ‘Cars’, mas o último capítulo ‘oficial’ da sua história na Sétima Arte foi ‘Caminho para a Perdição’ (2002), de Sam Mendes, que lhe valeu a nomeação para o Óscar de Melhor Actor Secundário

Foi a décima e última nomeação de um actor que por sete vezes viu outros levantarem-se e irem buscar a estatueta dourada que só lhe foi entregue em 1986, com ‘A Cor do Dinheiro’. Além deste prémio ainda recebeu outros dois óscares honorários, o último como recompensa pela sua filantropia. Os lucros da sua empresa de produtos alimentares Newman’s Own revertem para obras de caridade.

O actor conhecido pelos seus olhos azuis nasceu no Ohio em 1925 e depois de servir na Marinha durante a II Guerra Mundial estudou representação no Actor’s Studio de Nova Iorque ao lado dos seus contemporâneos James Dean e Marlon Brando. Começou no teatro e na televisão, conquistando a crítica como o pugilista Rocky Graziano, em ‘Marcado pelo Ódio’ (1956). Seguiram-se dezenas de papéis inesquecíveis, mas preferiu afastar-se de Hollywood. Além do activismo político que lhe valeu o ódio de Richard Nixon, ganhou nos anos 70 um amor às corridas de automóveis que manteve até ao fim.

UM HOMEM PARA TODAS AS ESTAÇÕES

Foi uma das últimas estrelas dos anos dourados de Hollywood mas nunca se recusou a correr riscos. Tanto na carreira como nas pistas de automóveis.

1945

Cumpre o serviço militar no porta-aviões USS Bunker Hill. Por sorte não se encontra a bordo quando dois kamikaze japoneses causam a morte de 346 soldados americanos

1958

Primeira nomeação para o Óscar como Brick Pollitt, um alcoólico que resiste aos avanços da mulher (Elizabeth Taylor), em ‘Gata em Telhado de Zinco Quente’, adaptação da peça de Tennessee Williams

1963

Dá corpo a um rebelde sem causa e com 'alma de arame farpado' no filme 'Hud'. Recebe em troca a terceira nomeação da Academia de Hollywood

1969

Ao lado de Robert Redford reinventa as lendas do Velho Oeste em ‘Dois Homens e um Destino’, interpretando o mítico fora-de-lei Butch Cassidy

1979

Termina em segundo lugar as 24 Horas de Le Mans, ao volante de um Porsche. É um dos seus grandes momentos enquanto corredor de automóveis

1986

Recebe finalmente o Óscar com ‘A Cor do Dinheiro’, filme de Martin Scorsese em que, ao lado de Tom Cruise, retoma 25 anos depois a personagem do jogador de bilhar Fast Eddie Nelson

1990

Entra no filme ‘Mr. e Mrs. Bridge’, ao lado de Joanne Woodward, sua segunda mulher, com quem estava casado desde 1958

2002

A sua interpretação do gangster John Rooney em ‘Caminho para a Perdição’ vale-lhe uma última nomeação, chegando às dez. Desta vez na categoria de Actor Secundário

26 de Setembro de 2008

Morre em casa, vítima de cancro de pulmão. Pedira em Agosto para sair do hospital onde estava internado


Texto: Leonardo Ralha / Jornal Correio da Manhã

segunda-feira, setembro 15, 2008

Concerto em Lisboa: Madonna pôs o público aos saltos

Reportagem retirada do jornal "Correio da Manhã", por Ana Maria Ribeiro / D.G.


Começou com uma cantora incapaz de estar quieta no palco e os 75 mil à sua frente bem-comportados em demasia, mas terminou em apoteose. Ao fim de quase duas horas de concerto, Madonna lançou um carinhoso "nice going, mother fuckers" que pode ser traduzido, com algum pudor, por "estiveram bem, sacanas" que fez delirar os que ontem à noite a foram ver e ouvir ao Parque da Bela Vista.

Eram 23h15 e a rainha da pop conseguira ao longo da actuação pôr aos saltos a plateia com o acelerado ritmo da maior parte das canções que a sua ‘Sticky & Sweet Tour’ trouxe a Lisboa. Pouco antes tivera os fãs incondicionais que esgotaram todos os bilhetes postos à venda no início de Junho a entoar ‘Express Yourself’ sem acompanhamento musical.

Já a Lua cheia iluminava o recinto quando surgiu no ecrã gigante uma sequência animada que culminou em explosão de luz. Quando se aperceberam, Madonna estava no palco, poucos centímetros acima da plateia. Foi a euforia total.

Começou a cantar, despiu o casaco e não mais parou. Para começar, dois temas de ‘Hard Candy’, álbum mais recente: ‘CandyShop’ e ‘Beat Goes On’, com a saudação ‘Hello Lisboa’ pelo meio. Aos 50 anos, Madonna apareceu perante os fãs magra e atlética, mostrando que as horas no ginásio rendem dividendos. Cada movimento de anca mereceu aplausos.

Após um arranque com temas mais recentes, percorreu êxitos de três décadas de carreira, incluindo ‘Human Nature’, ‘Vogue’ ou ‘Like a Virgin’.

Esquecidos por todos foram os sacrifícios para ali chegar. As filas chegaram a ter dois quilómetros, tantos eram aqueles que tentavam chegar ao Parque da Bela Vista. Alguns ainda não o tinha conseguido quando a sueca Robyn, cuja actuação começou às 19h30, pousou o microfone e cedeu o lugar.

DETALHES

GARRAFAS, SÓ SEM TAMPA

As 75 mil pessoas que foram ver Madonna puderam entrar no recinto com garrafas de toda e qualquer bebida desde que estas não tivessem tampa.

SEGURANÇA MÁXIMA

Além dos 500 agentes da PSP destacados, o concerto mobilizou 200 elementos da empresa de segurança privada Prosegur.

A CAMINHO DE ESPANHA

Depois de Lisboa, as paragens seguintes da ‘Sticky & Sweet Tour’ são em cidades espanholas: Sevilha (amanhã) e Valência (na quinta-feira).

RECICLAGEM GARANTIDA

A Sociedade Ponto Verde atribuiu o selo 100R ao concerto de Madonna devido à garantia de que todos os resíduos de embalagens gerados no Parque da Bela Vista serão alvo de reciclagem.

HORAS DE ESPERA À PORTA

'É tudo boa gente. Não incomoda nada e anima muito. Gosto de os ver aqui, primeiro muito quietos nas filas e depois desalvorados por ali adentro.' A síntese é de Fernanda Rosa, 71 anos, moradora num prédio junto ao Parque da Bela Vista, onde Madonna actuou ontem perante os 75 mil que em poucos dias esgotaram a lotação.

O que não se esgotou foi a paciência de quem esperou para lá das prometidas 17h00 para entrar no recinto. Nem mesmo quando as portas laterais se abriram apenas para os privilegiados com a pulseira de acesso VIP oferecida aos primeiros a chegar... 'Este público não dá trabalho, dá é sono. Estou aqui desde as 07h00 e eles também, mas dão-se todos bem', admitiu um dos seguranças do local.

Nas filas, mantidas a uma distância de mais de cem metros da porta principal, a multidão torrou debaixo do Sol inimigo, alheia a diferenças de idade e nacionalidade, unida por um culto chamado Madonna.

DEPOIMENTOS

'A FASE DE QUE MAIS GOSTO É A MAIS RECENTE' (Sandra Valente, 35 anos)

'Vim de Setúbal com duas amigas e só chegámos ao meio-dia, mas ainda assim ganhámos as nossas pulseiras de acesso aos lugares da frente... Sou fã de Madonna desde o princípio, mas a fase de que mais gosto é a mais recente. Ela é mesmo espectacular e, aos cinquenta anos, está um encanto. Pode e vai continuar.'

'ELA É UMA INSPIRAÇÃO E UM EXEMPLO A SEGUIR' (Jorge Pereira, 16 anos)

'Sou de Lisboa e cheguei às 11h00, mas ainda consegui a pulseira VIP... Ela é uma inspiração e um exemplo a seguir. E, apesar de não ter grandes dotes vocais, é uma grande artista. Como tem contratos até aos 60 anos, pelo menos até lá não vai parar. Depois, certamente irá continuar a definir tendências.'

'OS NOSSOS FILHOS É QUE COMPRARAM BILHETES' (Mário Tavares, 63 anos)

'Cheguei há umas horas de Torres Vedras e vim mais pelo concerto em si do que pela artista em causa. Na verdade, os nossos filhos é que compraram bilhetes e nós, os pais, viemos arrastados mas não contrariados. Se gostar gosto, se não gostar não se perde nada. O ambiente também conta.'

'ADMIRO O QUE PASSOU PARA SER QUEM É' (Débora, 16 anos)

'Vim de Coimbra com a minha mãe, que também é fã. O meu pai é que não e por isso não viemos de véspera, chegámos apenas há umas duas horas. Gosto dela desde pequenina, tenho todos os álbuns e visto-me muitas vezes assim, como ela. Admiro muito o que ela passou para conseguir ser quem é.'